E se o melhor treino para o sucesso fosse, afinal, aprender a falhar — de propósito? Este artigo explora uma ideia contra-intuitiva, mas profundamente racional: a prática deliberada do erro como ferramenta de resiliência. Inspirado nas lições de Amelia Earhart e em insights da psicologia comportamental, revela por que nos preparamos sempre para o desastre errado, e como podemos mudar isso, começando hoje.
Imagine que, antes de tirar a carta de condução, lhe exigissem apenas ler o código da estrada — sem nunca ter segurado num volante. Parece absurdo? Pois é assim que muitos de nós enfrentamos a vida: acumulamos conhecimento sobre o que não fazer, mas raramente treinamos a recuperação quando as coisas correm mal. A dor ensina, sim, mas só se lhe dermos espaço para falar antes que ela se torne irreversível. E há quem tenha percebido isto há quase um século.
1. A lição que veio do céu
Em 1932, Amelia Earhart escreveu algo que ainda hoje soa radical: os pilotos devem aprender a estolar, a entrar em parafuso e a recuperar de propósito. Não por gosto pelo risco, mas por necessidade técnica. Um estol não é um acidente quando é induzido em treino; é um dado de ensino. A diferença entre pânico e competência não está no talento inato, está na repetição intencional de situações críticas, em segurança.
O que torna esta prática tão eficaz? A neurociência confirma: decisões tomadas sob pressão não recorrem à lógica, mas à memória procedural, aquela que se forma com a prática constante. Quando o avião perde sustentação, o cérebro não pensa: “lembra-te do manual, página 47”. Ele executa o padrão mais recente e robusto. Se esse padrão foi treinado com sucesso, salva-vidas. Se não existe, sobra o caos.
2. O viés que nos deixa vulneráveis
Apesar desta evidência, a maioria de nós age como se os desastres fossem repetições fiéis. Um relacionamento tóxico termina, e passamos a vigiar sinais de traição em vez de cultivar fronteiras saudáveis. Um ataque cibernético atinge a empresa, e reforçamos firewalls — mas negligenciamos a formação de equipas em phishing. Isto chama-se viés de disponibilidade: damos peso desproporcionado ao que aconteceu recentemente, como se o futuro fosse uma cópia do passado imediato.
O problema não é aprender com o erro. É limitar essa aprendizagem ao contexto exato em que ocorreu. Os desastres raramente voltam como replays. Voltam como remakes com elenco diferente, enredo surpreendente e efeitos especiais inesperados.
3. Como preparar-se para o desconhecido
Então, como sair deste ciclo? Três passos simples, mas exigentes:
Conclusão
A história de Amelia Earhart terminou em mistério, mas as suas palavras não. Ela lembrava-nos que não podemos controlar o vento, mas podemos aprender a voar com ele. A preparação não é uma muralha contra o futuro; é um sistema nervoso bem treinado para dançar com a incerteza. Não se trata de evitar o fracasso. Trata-se de o conhecer tão bem que, quando ele aparecer à porta como inevitavelmente fará, já lhe teremos servido chá, perguntado como foi a viagem… e convidado a sentar-se à mesa, onde há sempre espaço para uma lição nova.
Foto: Freepik
Autoria do Texto Original: Baseado em reflexões de Amelia Earhart, Nassim Taleb, Andrew Zolli, Ann Marie Healy e Keisha Blair
Data da Publicação Original: —
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